De acordo com um estudo da Bright Consulting, as vendas de veículos elétricos devem ultrapassar as de modelos a combustão em 2030. O crescimento gradativo nas vendas de modelos elétricos e a queda nas vendas de veículos a combustão culminarão, por volta de 2030, em uma situação onde os modelos elétricos, híbridos plug-in e híbridos convencionais superem as vendas de carros a combustão.
A projeção da Bright indica que a participação dos veículos elétricos no mercado brasileiro aumentará de 7,8% em 2024 para 58,3% em 2030. Em contrapartida, os veículos a combustão devem diminuir sua participação de 92,3% em 2024 para 41,7% em 2030.
O relatório também destaca o aumento dos investimentos em infraestrutura de recarga, assim como a crescente participação de montadoras chinesas no mercado brasileiro.
Desenvolvimento do ecossistema de carros elétricos
As montadoras já compreendem que o crescimento nas vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil está diretamente relacionado ao desenvolvimento da infraestrutura de recarga. Por isso, o investimento nesta área deverá crescer de R$ 77,8 milhões em 2024 para R$ 4,54 bilhões em 2030.
Esse investimento resultará em mais de 160 mil pontos de recarga em todo o Brasil até o final da década.
No período entre 2024 e 2030, o relatório da Bright indica que as montadoras investirão cerca de R$ 96,9 bilhões no Brasil em fábricas, desenvolvimento de novos veículos e tecnologias para apoiar a transição para modelos elétricos.
Fatores que impulsionam os veículos elétricos
A consultoria destaca que os incentivos do governo federal, como o Mover, que apoia a produção de biocombustíveis e fornece suporte para fábricas com produção local, devem impulsionar especialmente o crescimento dos carros híbridos.
Além dos incentivos do programa Mover, os modelos híbridos tendem a ter custos mais baixos para o consumidor final e uma transição mais fácil em comparação com os carros totalmente elétricos.
Dentro dos 58,3% de participação de mercado dos modelos elétricos, 48,5% serão de modelos híbridos convencionais e plug-in (HEV e PHEV). O restante, 9,8%, será de modelos totalmente elétricos (BEV).
O estudo também destaca a importância crescente das montadoras chinesas no mercado de veículos elétricos do Brasil. Em 2023, as montadoras chinesas representavam 2,9% do mercado, mas a projeção para 2030 aponta uma participação de 6,6%.